terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

FUCK YOU!!!


Desabafo de uma Deusa.
(fodida.... mas ainda assim, uma Deusa)

Li recentemente num livro sobre finais de relacionamento, que existem estágios do fim.
Vocês sabiam?
Pois é...
Existe a dor.
A raiva.
A constatação das verdades.
E, finalmente... o esquecimento.
Estou vivendo o momento da raiva. E neste período, é comum a idéia de vingança.
Não! Não aquela que te sujeita a um processo civil ou criminal. Mas, a vingancinha básica, que alimenta o ego ferido e que uma Deusa que se preza, nunca revela, pelo menos para o desafeto.
O filho da puta, casado e odiando a primeira-dama, um belo dia, surta de ciúme e é no meu ouvido que geme de dor. Quase se rasga e ainda se acha no direito de me chamar de doida... (é, foi doida que ele falou. Não foi - Deusa).
É mole?
Pois bem. Vivendo esse momento “raiva-que-cega-e-emburrece” até mesmo uma Deusa das mais confiantes, lembrei de umas fotos. Ahhhh, lembrei até do dia/noite em que elas foram tiradas. Claro que naquele momento era só tesão. Eu desejava e muito, guardar pra mim os detalhes do corpo dele.
Tão fofinho aquele calinho erótico (que os maldosos cismavam em dizer que era do chopp)...
E a cuequinha velha então... com o desenho do Piu-piu ali... bem naquele lugar onde deveria estar o... é, o piu-piu propriamente dito, que não sei porque ficou tímido e resolveu sumir do meu campo de visão.
Pequeno? Não!!! Claro que não.
Quer dizer...
É! Ta bom! Não era assim o que se chama de “portento”. Mas, me fazia feliz.
Olhando a foto... a barriguinha... o Piu-piu... quase não daria pra identificar o modelo, não fosse a cirurgia de apêndice que deixou uma cicatriz única, né benhê?
Um dia eu até fiz uma piadinha, dizendo que o nome do médico só poderia ser Juarez, porque ele assinou na sua barriga!
Ok...ok...
Momento saudade pegando forte. Mas é só um momento, porque logo a Deusa, puta da vida, retorna com todo gás (ou, com toda a raiva) e pensa:
- Já pensou esse modelito Piu-piu envergonhado, no Youtube? Já pensou, sua mãe católica, espírita, seguidora do Edir Macedo e fã do Youtube, vendo o filhote muy amado, mostrando as partes e com o “J” inconfundível pra não deixar a menor dúvida? Pois saiba:
- mentir é permitido, desde que a gente NUNCA descubra.
- pensar na ex ou atual, também é, desde que você não faça cara de idiota com saudade.
Agora... falar mal da mulher no ouvido da amante e depois surtar de ciúme da vaquinha? Isso, nem uma Deusa agüenta, meu camarada.
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Ainda não me decidi. Mas, o filme está editado, com trilha sonora e o desejo existe, viu?
Culpa...? Absolutamente... NE-NHU-MA!!!!!
Um poeta já dizia: “Nada é mais devastador, do que uma mulher tomada pela raiva.” e, nesta altura dos acontecimentos quem sou eu, para contrariar um poeta?

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Crianças, entre o pé na bunda e o carnaval, sobraram 20 dias de praia e sol, que até uma ferrada merece né? Bia, obrigadíssima por tomar conta do espaço. Bjinhos, colega.


quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Quando acaba


Sempre acho que namoro, casamento, romance, tem começo, meio e fim. Como tudo na vida. Detesto quando escuto aquela conversa: - Ah, terminei o namoro...- Nossa, estavam juntos há tanto tempo... - Cinco anos... que pena... acabou...- É... não deu certo... Caralhooo!!!!! Claro que deu! Deu certo durante cinco anos, só que acabou. E o bom da vida, é que você pode ter vários amores.


Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para você mesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos essa coisa completa. Às vezes ela é fiel, mas é uma bosta na cama. Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel é um grande filho da puta! Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador. Às vezes ela é muito bonita, mas não é sensível. Tudo junto, não vamos encontrar. Perceba qual o aspecto mais importante para você e invista nele.


Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe mais básico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona... Acho que o beijo é importante... e se o beijo bate... se joga... se não bate... mais um Martini, por favor... e vá dar uma volta.


Se ele ou ela não te quer mais, mande este alguenzinho de merda ir tomar no cú..., faça qualquer coisa menos forçar a barra. Cacete!!! O outro tem todo o direito de não te querer. Não brigue, não ligue, não dê pití.Se a pessoa tá com dúvidas, problema dela, cabe a você esperar... ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas se a pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob pressão? O legal é alguém que está com você, só por você.

Não fique com alguém por pena. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar, seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Porra!!! Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Muitas vezes você vai sentir raiva, ciúmes, ódio, frustração... Faz parte.

Você convive com outro ser, um outro mundo, um outro universo. E nem sempre as coisas são como você gostaria que fosse...


Agora a pior merda do mundo, é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, mande se foder, afinal você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma boneca inflável. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias.


Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar. Nem todo beijo é para romancear. E nem todo sexo bom é para descartar... Ou se apaixonar... Ou se culpar....Enfim.... quem disse que ser adulto é fácil?

Dama de Vermelho


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Agradecemos este belo texto, colaboração da Dama de Vermelho.
Pode continuar enviando, colega... Adoramos!
Bia e Luca

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Uma aventura ... uma loucura (lógico!)


Vou contar para vocês algo que me aconteceu há alguns aninhos atrás. Sempre achei que não queria morrer sem cometer alguma grande loucura e já estava para completar 50 anos. Até então, desde meu divórcio, minha vida andava morna demais. Odeio coisas mornas. Para mim, tem que ser frio ou quente! Então, eu pensava e pensava, o que poderia ser “alguma coisa diferente”? Busquei algo bem criativo em minhas fantasias e confesso que encontrei muitas idéias interessantes, mas, faltava-me o principal: a coragem de tomar alguma iniciativa.

E o tempo foi passando, até que um dia, conheci um rapaz, nesses sites de relacionamento. A princípio, eu nem atendia aos seus chamados, pois era muito novinho, mas depois de tanta insistência, resolvi dar-lhe alguma atenção. Começou a insistir muito em me conhecer. Nada demais se o mancebo não tivesse apenas 18 anos (a idade de meu filho). Na minha cabeça, era algo tão impossível de aceitar, que nem me lembrei daquele propósito de fazer alguma loucura.

Mas o menino era bom de papo, então começamos a conversar todos os dias no MSN e, eventualmente, por telefone, pois o danadinho havia me convencido de, ao menos, lhe fornecer o número. Uma semana antes do Natal, comentei com ele que iria ao Shopping Morumbi fazer umas últimas compras, pois no dia seguinte pela manhã estaria embarcando para o Canadá.

À noite, fazendo compras, recebo um telefonema: “Em que parte do shopping você está?”. Era ele. “Por que?” perguntei um tanto estupefata. “Porque estou aqui e quero te ver”. Eu não sei se não queria ou se não devia acreditar, afinal, ele nem em São Paulo morava. E já eram quase 22 horas. Mas era verdade.

Resumindo, o menino levou-me para jantar e confessou-me que o último ônibus para sua cidade já havia saído (e é lógico que não tinha dinheiro para pagar um hotel). Veio então o dilema: o que fazer com o garoto? Olhei para aquela carinha de anjo sem asas e disse: “Bem, meu filho está viajando e tenho um quarto sobrando em casa. Vou deixar que passe esta noite lá, mas veja bem: é só para dormir e precisará ir embora bem cedinho, pois preciso estar no aeroporto cedo, também. Com a carinha de maior inocência, concordou plenamente...

No caminho, fui me dando conta da loucura que estava fazendo, afinal nem imaginava quem seria aquela criatura que estava colocando dentro de casa. Mas, era tarde demais para mudar de idéia. Só me restava confiar na sorte. Chegamos em casa e ele se comportou muito bem, tomamos banho (separadamente, lógico!) e nos deitamos (cada um em um quarto, lógico!). Mas ainda não havia passado 10 minutos quando ouvi alguns toques em minha porta. Levantei-me, abri a porta e era ele (lógico!). Disse-me, então: “Não quero dormir sozinho”, ao que eu respondi “Mas eu não lhe disse que ... “. Não deu para terminar a frase, pois ele me abraçou e, procurando meus lábios, rendeu-me totalmente... (lógico!!!).

Não preciso nem dizer que passei a noite em claro. Ele “abusou” de mim diversas vezes, gente! E, o fato de não conseguir dormir em viagens, mais o fuso horário de 8 horas, fizeram-me chegar como um trapo ao meu destino no dia seguinte. Mas querem saber? Valeu a pena! Foi bom demais e eu havia cometido a minha primeira loucura ... Apenas a primeira (lógico!...)


Bia

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Descobrindo o prazer!



Com quase quarenta anos, eu descobri a Internet.
A Internet entrou na minha casa, pela necessidade de colocar meus filhos conectados com o mundo. Entrou na minha casa, mas eu não me permitia pensar que pudesse entrar na minha vida. Coisa de gente jovem, eu pensava. Aquilo tudo era louco demais e não combinava com a minha idéia de modernidade.
Eu não fazia idéia de como ligar o PC (então era esse o apelido do bicho?) e tinha medo de que, por um mau uso, pudesse estragar alguma coisa, causando danos irreparáveis e extremamente caros. Fui aos poucos aprendendo e perdendo o medo.
Ouvia falar que pessoas se encontravam, conversavam e até marcavam encontros. Tudo através das salas de bate-papo – os chat’s.
Ao mesmo tempo em que a curiosidade, era algo latente, havia o medo de transgredir.
Numa noite (era um sábado), estava sozinha em casa e a solidão pesava. Resolvi me aventurar, entrei muito tímida e tateando em terreno incerto.
Inexperiência era meu nome e achei que deveria ser sincera, porque os primeiros homens com quem conversei... (claro! Procurei o sexo oposto, que se é pra torrar o sábado, que seja na companhia certa pra mim), falavam que as pessoas mentem nos chat’s e que não é rara, a decepção na hora do encontro real.
Mostrei foto, disse meu nome, passei meu endereço “oficial” de e-mail...tudo certinho.
Lá pelas tantas, outro gato chamou e demorei alguns bons minutos, pra voltar ao primeiro papo. Qual não foi minha surpresa, quando ele disse com todas as letrinhas do teclado:


- Sua sorte é que sou um cara do bem, porque só existem duas “Luca B.” na cidade e aposto dez contra um, que você é a Luca que mora em Moema.


Perdi o chão, o rumo e quase caí da cadeira.
Ingênua, quando passei meu endereço oficial de e-mail, não me liguei que nele estava meu nome completo. Daí pra me localizar, foi um passo. Educado, perguntou se podia ligar pra dar boa noite e é óbvio que ligaria, mesmo se eu não permitisse.
Não deu em nada o tal telefonema, mas serviu de alerta pra mim.
Internet, salas de chat, sites de relacionamento...? Beleza!
Mas, tratei de esquecer o endereço oficial de e-mail.

Luca B.

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Vingar-se ou não? ...

E apareceu uma primeira colaboradora!
Agradecemos Myrna pelo texto enviado para nosso e-mail
floresefarpas@gmail.com, o qual publicamos a seguir..
(Detalhe: Myrna nos pediu que ilustrássemos seu texto, pois não tinha jeito para essas coisas. Aí vai, Myrna, se não gostar, pode reclamar que a gente troca)



Não gosto de ser maldosa, nem sou a favor de vinganças, mas vou contar para vocês o que aconteceu com o filho da puta que traiu uma grande amiga minha, descaradamente.

Foi o primeiro namorado de Marina e esta foi apaixonada por ele a vida inteira. Um dia, apareceu outra mulher na vida dele. A gravidez inesperada da “concorrente” convenceu-o a casar-se com ela. Marina quase morreu de desgosto, mas o amor foi maior que a dor. Ele, por sua vez, resolveu levar vida dúbia e foi mantendo um relacionamento com as duas. Dizia-se muito infeliz e suplicava a Marina que esperasse a criança nascer, pois tão logo acontecesse isso, voltaria para ela. Ela acreditou. Depois que a criança nasceu, pediu-lhe que a esperasse crescer um pouco. A criança cresceu, mas era doentinha, então era preciso esperar que ficasse um pouco mais velha. Um dia, quando a filha já estava com 15 anos, ficou muito mal e faleceu. Passado um ano do luto, Marina perguntou-lhe o que resolvera fazer com sua vida. Ele lhe pediu mais um pouco de paciência porque não podia deixar a mulher, agora deprimida devido à morte da filha. Minha amiga começou a desconfiar que iria ficar para trás. Durante todos esses anos, foi mulher de um homem só, mesmo vendo-o somente um dia por semana e nunca num fim de semana. Mas, valeria a pena esperá-lo mais um pouco, afinal, nunca conseguira imaginar sua vida sem ele. Passados dois anos da morte da filha, ele resolveu desaparecer. Nem um telefonema para Marina, nem um e-mail, nem um recado, nem um sinal de fumaça ...

Suportar sua ausência foi pior do que suportar seu casamento. Já não sabia nem se ele ainda estava vivo ou se acontecera alguma desgraça. Passados uns dois anos, eis que um dia, perambulando pelo Orkut, quem Marina encontra? ... O próprio! Estado civil: “namorando”. Correu na página de fotos: havia inúmeras, junto a uma morena estonteante (que não era sua esposa), bem mais nova que Marina, por sinal. Legenda: “Eu e minha namorada...”

Nem preciso explicar que o choque quase a matou. Passados alguns dias, não aguentou e resolveu fazer-lhe uma surpresinha... adicionou-o no seu rol de amigos. E não é que o filho-da-puta aceitou? ... E, além de aceitar, ainda começou a lhe enviar recados carinhosos, o que veio despertar o ciúme da namorada, é claro! Ele, por sua vez, começou a cortejá-la e a convidá-la para sair novamente. Contou sobre o divórcio e garantiu que já terminara com a morena (estonteante). Marina, feito gata escaldada, não aceitou. Descobriu que ele ainda estava com a tal, quando esta lhe procurou para pedir que parasse de dar em cima do seu homem, falando um monte de impropérios e ofendendo até sua quarta geração...!

Marina ficou calada. Diante de um caso perdido achou melhor não arrumar confusão. Quando recebeu um telefonema dele convidando-a novamente para sair, apenas repetiu “não”. Ontem, ele a procurou, todo machucado. Ele e a morena haviam brigado e ela havia lhe jogado um objeto pesado no rosto; havia até precisado levar alguns pontos. Havia dado queixa na polícia e queria que ela fosse sua testemunha contra a morena (estonteante). Havia declarado, para a feitura do BO, sobre as ofensas que ela fizera a Marina, pelo telefone. Minha amiga pensou, pensou e foi depor. Afinal, ouvir o que ela ouvira da talzinha, sem merecer... estava aí a chance de se vingar.

E se vingou mesmo!

Na delegacia, ao ser indagada sobre o ocorrido, desmentiu tudo o que ele havia declarado, tendo, inclusive, tecido elogios à outra. Falou de sua simpatia, afirmando que não conseguia acreditar que uma pessoa tão doce pudesse ser capaz de uma atitude dessa. E foi sob o olhar atônito de seu ex que ela ainda acrescentou: - Conheço este homem há mais de 30 anos, Sr. Delegado e posso lhe garantir que ele é capaz de dar todos os motivos para uma mulher indefesa ter que se defender de alguma forma. Se foi ela mesmo quem fez isso, o Sr. pode ter certeza que foi por um bom motivo.

Agradeceu em silêncio à mulher que tirou o palhaço de sua vida.

Virou as costas e saiu...

Myrna

sábado, 3 de janeiro de 2009

Abuso de poder!



Se é pra colocar pra fora, algo que incomoda, vamos lá!

Vocês já ouviram falar de abuso de poder? Tenho certeza que sim, mas no meu caso o abuso foi por demais abusativo.
Levei um pé na bunda do Adegesto, o Papai Smurf, como eu carinhosamente o chamava, coisa de mais ou menos, um ano. Ele me trocou pela ex-namorada, que agora é a namorada. Então, por conseqüência, quem levou o pé foi a ex.
Affff! Até eu, fiquei confusa agora, mas é isso.
Vivia chorando pelos cantos e só não era uma novela mexicana, porque não uso quilos de maquiagem, blusinhas com laços enooormes arrematando o decote, nem unhas postiças.
Sabe aquela pessoa tipo: porre? Era eu!
Mas um dia, a gente cansa e eu cansei de chorar pelo “leite” derramado agora em outras freguesias (é... o trocadilho é esse mesmo que vocês imaginaram! Ao Diabo com bons costumes nessa hora!!!).
Levantei, vesti o pretinho básico, chamei um amigo e fui ver a vida passar. Conheci o Astolfo (pré-disposição para nomes esquisitos né?). Gente boa, fofinho, educado e, principalmente livre. Isto, dado o resumo da minha vida, era uma característica importante por demais.
Trocamos e-mails, telefones, saímos mais algumas vezes e numa destas saídas, o Adegesto nos viu. Não!!! Não pense a senhora que ele flagrou algo assim comprometedor. Não estávamos de amassos na boate, nem entrando num motel para uma noite “caliente”. Era só conversa. Talvez depois, até rolasse mesmo um sexo selvagem, que já estou na secura faz um tempo, mas ali era só conversa. Vi no olho do Papai Smurf, o ódio. E não deu outra: no outro dia, minha caixa bombava de mensagens gentis:

- Que é que você está pensando? Virou puta agora? De certo, conheceu na Internet que é lugar que só tem vagabunda. Vai dar casamento é? Não me convide, porque eu não vou. Você me decepcionou. Mentiu pra mim. Disse que ia me amar pra sempre. Você não tem nenhum caráter. E blá...blá...blá....
Agora me digam: isso é ou não é abuso de poder?

Pois agora vou mandar meu recado para esse Papai Smurf palhaço. Escute aqui, moço: piranha é a sua avó. Internet? Quem disse que conheci na Internet e que lá só tem vagabunda? Quem te contou? Aposto que foi a cadeiruda com quem você dorme, porque ela que eu sei, tem perfil verdadeiro e genérico no Orkut....... Olha, se vai dar casamento eu não sei, mas você não chamo nem pra fazer o papel de manobrista, falou? E, por fim: bendito e santo Astolfo, viu? Pode até ser que me sacaneie no futuro, mas agora serviu pra te dar nos dedos. E quer saber mais ? Saí na vantagem, amigão. Ele tem carro, grana pra pagar o motel e corta a unha do pé!

Luca B.

Homens verdes e mulheres maduras



De repente, surgiu uma epidemia de rapazes novinhos interessados em mulheres maduras, geralmente, com idade para serem suas mães. Já estou chegando à faixa dos 50 anos, (reconheço que muito bem conservados), mas 99% das cantadas chegam de rapazes, no mínimo, 20 anos mais novos do que eu. E nunca recebi tantas como nos últimos tempos!

Quando lhes indago sobre a razão para tal preferência, as respostas são sempre as mesmas:
“mulher dessa idade sabe o que quer” ou
“mulher dessa idade não têm frescura na cama” ou
“mulher dessa idade tem mais assuntos” ou
“não sei o porquê, mas mulher dessa idade me atrai ... “ (esta é a preferida).

Certa vez, resolvi quebrar regras auto impostas e experimentei sair com um jovem, 23 anos mais novo que eu, bem no estilo “aventura” (não queria morrer sem fazer algumas coisas “erradas”, para variar um pouco). Primeiro encontro, na praça de alimentação de um shopping. Enquanto tomei um suco, ficou olhando (já havia jantado...). Segundo encontro, um restaurante.

Combinamos de cada um pagar sua parte e ele comeu apenas uma salada. Terceiro encontro, convidou-me para um motel. Confesso que estranhei, mas estava também a fim e topei. Quando estávamos entrando, confessou-me estar sem dinheiro e perguntou-me se dessa vez eu poderia pagar. Senti vontade de matar o desgraçado, mas confesso que já estava um tanto preparada para isso, afinal, era o que eu podia esperar de um fedelho e estava muito a fim de conferir se ele era tão bom de cama quanto dizia. Puta merda, que decepção! Pobre e ruim de cama! (Não chegava nem aos pés do meu último quarentão...) Claro, acabou por aí.

Numa segunda oportunidade, para confirmar se minha teoria estava correta e cuidando muito para não comprometer qualquer centavo meu, resolvi sair novamente com um lindão de 35 anos, que dizia se interessar somente por mulheres bem mais velhas. No primeiro encontro levou-me a uma lanchonete, mas somente para conversar. Somente mesmo, pois não pediu nenhuma cerveja. Perguntei-lhe se não ia beber algo, mas respondeu que não, que não bebia e que também estava sem dinheiro. Tive vontade de perguntar por que havia me convidado, mas deixei para lá. Apenas respondi: “Ora, podíamos ter ficado conversando lá no banco do shopping, estava tão bom (rs) ...”. Disse-lhe, é óbvio, que também estava com pouco dinheiro e pedi um suco para mim. Enquanto isso, começou a me contar seus problemas, inclusive que estava desempregado e que era arrimo de família. (Ah...mas ele era tão lindo!). Alguns dias depois, convidou-me para ir a um motel, mas eu lhe respondi que odiava motéis e que somente teríamos um contato mais íntimo no dia em que tivéssemos um outro lugar disponível. Sugeriu minha casa, mas menti dizendo que morava com a família e que não precisávamos ter pressa. Passados mais alguns dias, ligou-me dizendo estar perdidamente apaixonado. Fiquei esperando o bote, que veio logo em seguida: precisava de um empréstimo até arrumar emprego e eu lhe respondi em voz chorosa, que também estava passando por uma situação muito difícil e, inclusive, só não havia lhe pedido socorro porque sabia que estava desempregado. Senti, porém, que ele não ia desistir, afinal já reparara nas minhas roupas, no meu carro, sabia o bairro em que eu morava, etc.. Dito e feito, mas, no próximo convite, despistei-o e encerrei o caso. Sinceramente, não tenho saco para isso!

Por mais três vezes, num espaço de dois anos repeti a dose com rapazes diferentes, apenas para confirmar minha tese, afinal, essas análises também fazem parte de minha profissão. Todos se mostrando super interessados na minha pessoa e me tratando como a uma rainha. Um deles chegou a inventar uma filha, uma doença grave e uma conta alta de hospital a pagar, mas não vou contar tudo aqui para não ser cansativa.

Tenho uma amiga que namora um mancebo, 25 anos mais novo. Garante que ele nunca lhe pediu dinheiro, mas sabemos que janta em sua casa todos os dias e, nos fins de semana, almoça também. Detalhe: nunca colaborou nem com um ovo ou uma batata. E reclama se não tiver cerveja!

Não adianta, a verdade é que o que os fedelhos vêem de mais atraente nas mulheres mais velhas é a independência financeira. Um dia, mais cedo ou mais tarde, eles tentam dar o bote. Cansamos de assistir semelhantes “casos” com as mulheres de vida pública.

O problema não seria ter que sustentá-los, pois isso, nos dias de hoje, até chega a ser normal,mas eles se esquecem que as mulheres de nossa idade estão acostumadas com homens da nossa idade; homens que preferem “cuidar” ao invés de serem cuidados. Homens que têm um encanto que só o tempo consegue lhes proporcionar. (e continuam sendo muito bons de cama, quando se cuidam).

Os mais novos ofendem nossa sabedoria quando acreditam que sua virilidade é o que mais pode interessar a uma mulher e que elas não têm muita opção por aí. Acreditam que por uma boa trepada, podemos esquecer nossa dignidade. Esquecem-se que valorizamos muito mais o que tem na cabeça de cima do que na de baixo. Bem que poderiam dar um bom trato na mente, antes de valorizarem tanto o pau, para então se apresentarem a uma mulher experiente. É óbvio que toda regra tem exceção, mas, as exceções neste caso, são muito raras. Se você se encaixa em alguma, só posso me curvar e lhe dar os parabéns.

Prefiro ficar com minha teoria inicial. Dividir despesas? Nada demais nos dias de hoje, haja vista que muitas mulheres estão começando a se sobressair mais do que os homens, social e profissionalmente. Mas... ser mamãe deles??? Tenham paciência!!! Nem fodendo!!!


Bia

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Sem censura

Muitas vezes os nossos conceitos e as convenções às quais estamos sujeitos impedem-nos de desnudar nossa alma. Fazemos um blog para que tenhamos a oportunidade de expor tudo o que pensamos, mas esse blog, por motivos alheios à nossa vontade, muitas vezes atinge um público que não era o alvo, mas que se faz por si próprio e que parece ter poder para dirigir o nível dos textos a serem postados. Poderíamos mandar todos à merda e darmos vazão somente à nossa inspiração, seja ela pudica ou não, mas os amigos que vão chegando também acabam por se tornar importantes. Se não houvesse a opção de criar outro blog, com certeza estaríamos em maus lençóis. Perder amigos para poder mandar algo ou alguém se foder ou nos foder para conservar alguns amigos?

Montar este blog foi uma idéia genial que tivemos. Aqui, pretendemos desopilar nosso fígado (nosso cérebro e coração, também). Pretendemos enviar recados que nunca chegarão aos destinatários, mas que somente pelo fato de saírem de nós já nos deixarão, com certeza, mais aliviadas.

É claro que os amigos atuais não o conhecerão. Aqui só será bem vindo quem não sofrer de preconceitos ou de puritanismo; quem souber reconhecer que mandar alguém para a puta que pariu faz parte da vida e que faz um bem danado para diminuir o stress. É óbvio que o uso de palavrão não será obrigatório; apenas, permitido (rs).

Acho que para começar está bom.

Até o próximo!

Bia e Luca